Cefaleia / Dor de Cabeça quando é Perigo ?

Conheça mais sobre Dor de Cabeça (Cefaleia)

A dor de cabeça é uma das queixas médicas mais comuns, afetando milhões de pessoas diariamente. Embora a maioria dos casos seja benigna, é importante saber quando a dor de cabeça pode ser um sinal de alerta para problemas neurológicos mais graves.

Tipos Mais Comuns de Dor de Cabeça:

  • -Cefaleia Tensional: A mais comum. Sensação de pressão ou aperto em toda a cabeça, geralmente associada a estresse, má postura e tensão muscular.
  • -Enxaqueca: Dor pulsátil, geralmente de um lado só, que pode vir acompanhada de náusea, vômito e sensibilidade à luz e sons.
  • -Cefaleia em Salvas: Muito intensa, localizada ao redor do olho, com lacrimejamento e congestão nasal. Mais comum em homens.

Quando a Dor de Cabeça Pode Ser Perigosa?

Algumas características exigem atenção imediata. São os chamados sinais de alarme. Procure um neurologista ou vá ao pronto-socorro se a dor de cabeça for:

  • ⚠️ Súbita e muito intensa: Conhecida como “cefaleia em trovão”, pode indicar hemorragia cerebral.
  • ⚠️ Acompanhada de febre, rigidez na nuca ou confusão mental: Pode ser sintoma de meningite ou encefalite.
  • ⚠️ Após trauma na cabeça: Principalmente em idosos ou pessoas que usam anticoagulantes, pode indicar hematoma intracraniano.
  • ⚠️ Com alteração visual, fala arrastada, fraqueza em um lado do corpo: Sinais neurológicos que sugerem AVC (acidente vascular cerebral).
  • ⚠️ Frequente e progressiva: Dor que piora dia após dia pode estar associada a tumores cerebrais ou hipertensão intracraniana.
  • ⚠️ Diferente das dores habituais: Se você tem enxaqueca, mas percebe uma dor com padrão, intensidade ou sintomas diferentes, vale investigar.

Avaliação com o Neurologista

    Durante a consulta, o neurologista investigará:
  • -Presença ou ausência de sinais de alarme
  • -Frequência e duração das dores
  • -Localização da dor
  • -Sintomas associados (náusea, aura, visão turva)
  • -Fatores desencadeantes (estresse, jejum, sono ruim, alimentação)
  • -Histórico Familar
  • -Exames complementares (em casos necessários: tomografia, ressonância, exames laboratoriais)

Tratamento

  • O tratamento pode incluir:
  • -Mudança de hábitos de vida (sono, alimentação, hidratação, exercício físico)
  • -Medicações preventivas (reduzir a frequência, duração e intensidade da dor)
  • -Medicamentos para crises agudas (chamados de abortivos)
  • -Terapias complementares (acupuntura, psicoterapia, fisioterapia)

  • Veja alguns motivos para o tratamento falhar:

    Texto de cunho educativo e não substitui a avaliação médica.
    Criado por: Dr. Guilherme Cristianini Baldivia - CRM-SP 197053 - RQE 98601

    Referências Bibliográficas

    • -Headache Classification Committee of the International Headache Society (IHS). The International Classification of Headache Disorders, 3rd edition. Cephalalgia. 2018;38(1):1-211. https://doi.org/10.1177/0333102417738202
    • -Dodick DW. Migraine. Lancet. 2018;391(10127):1315-1330. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(18)30478-1
    • -Olesen J. The International Classification of Headache Disorders. Lancet Neurol. 2018;17(5):396–397.
    • -Schwedt TJ. Diagnosis and treatment of chronic migraine. Continuum (Minneap Minn). 2021;27(3):753-772.